sábado, janeiro 29, 2005

A viagem [parte 1, pois ainda não encontro palavras]

[In]felizmente.

Tudo que é bom demais, tem um fim. Aliás, isto me fez pensar durante um tempo hoje, sobre como me sinto.

Tenho a partida do Rio para São Paulo ainda tão fresca que praticamente não percebi a sutileza das horas existentes entre os dias que se passaram.
Esta semana brotou em mim algo há muito se escondia. É. Não tenho dúvidas. Sou mesmo um matemático poeta. E pra que se questionar além disso? Aquelas pessoas, aqueles abraços. Todas elas me fizeram perceber que é exatamente isso que quero! Exatamente é a palavra de precisão que preciso.
Estes 7 dias foram tão especialmente inesquecíveis, que um vazio brotou dentro de mim. Que fins seriam estes então. Como esquecer do ratinho stuart? Como esquecer das nossas noites viradas jogando truco, ou então sinuca? Ah, são coisas que com palavras não posso descrever. A alegria de estar simplesmente disperso, a piscina gelada como pernas bambas que se multiplicam, o parque de diversões num dia chuvoso. Tudo isso me aperta o nó que meu pescoço fez questão de fazer nascer. É como se cada uma daquelas pessoas fosse pra mim um filme. E agora [desafrouxando o nó], redijo num ínfimo post todo sentimento que tive, sabendo, desde o início, que não conseguiria fazê-lo...

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Um post de despedida, que não é caracterizado como fim

É como um post, anunciando que viajo e volto logo. Fico uma semana fora, em São Paulo, decidindo e elaborando planos para o que puder ser daqui pra frente. Deixo um beijo forte para as pessoas que consomem dopadas minhas letras astasiadas. Deixo um sorriso para aquelas que não desconfiam de metade do que venho sendo ou escrevendo. Deixo escrito, em letras garrafais, que não pretendo fazer uma despedida melosa, nem beirar rumo abissal. Apenas parto. Sem concessões nem choros. Volto logo, prometo. É uma semana apenas.

Deixo tudo, tudo mesmo pra outra hora, quando tiver, por fim, descoberto o que é tão intermitente...
[Rique...espero encontrar-te]

terça-feira, janeiro 18, 2005

Uma palavra que não escapa do fim

Eu tenho terapia duas vezes por semana. Uma delas é terça feira [hoje], às 15:45. Quando voltava de um forte embate com a senhora Carmem [linda ela, lindo nome] e seu querido Freud [não é sarcasmo] sobre minhas percepções momentâneas de sexualidade e vida, propriamente falando, discutindo aspectos de repúdia [ou qualquer outro nome pomposo à aversão] que se dá involuntariamente por esta pessoa que aqui vos redige, é que decidi entrar numa lojinha [?], que
é tipo um centro espiritual, que fala sobre diversas coisas, mas tem como atividade básica essas técnicas orientais de concentração [inclusive motora], tais como Yoga e Tai-Chi. Desde então, carregava comigo a palavra CONURBAÇÃO na cabeça, tendo esquecido seu significado. Sabia que existia, coisas de ato-falho inconsciente. Eu preciso de uma atividade destas anti-stress, já que sou um ser descontrolado-desprovido-de-paciência-mental. Mancebo simpático que me atendeu; não era mancebo, posto que avalio sua idade entre os trinta e quarenta anos, mas não hesito em assim chamá-lo por prover meu leitor de uma nova palavra que lhe cairá bem em sua lista alfabética.

Logo depois fui ao metrô, visando escapar um pouco do calor tremendo que faz um dia nublado no Rio de Janeiro [pois sim, há dias nublados e abafados]. Choveria em breve. Porém, creio que nem fiz cálculos de quando o céu poderia trepidar um rajado de trovão, ou quando lançaria mão de gotas espessas e expressivas, ou finamente delicadas. Desci e comprei o passe do trem subterrâneo. Sempre me acomodei a este transporte por ser mais silencioso [dependendo da linha e do horário] e bem mais fresco [idem]. Para minha surpresa, uma menina entrou com um senhor de voz rude. Era tão sonora e avessa, que ouvia-se por qualquer um que estivesse no mesmo vagão. o partir o trem, andávamos na contra-direção, seguindo rumo a Estácio. Ela lançou, dispersa:

- Ih, estamos andando pra trás - alguns risos encabulados podiam ser ouvidos - se andarmos pra trás nós não vamos chegar nunca. Temos que andar pra frente.

O homem que com ela estava sorriu junto com os demais. E eu, tão entretido em meu livro, não pude deixar de escapar de tal coadunação. Não saberia narrar a menina. Diria apenas que era mulata e que, se lhe tirassem as presilhas rosas, obviamente passaria por mim como um menino que silva proposições pueris e atina conclusões precipitadas, como é digno de uma criança normal de tal idade [salve observações de Piaget]. Ao final da estação levantamos para a baldeação. Achava estranho que o senhor carregasse consigo muletas. Era cego. Apenas um olhar de viés para observar que a carregava como guia de sua percepção invisível do mundo aos olhos. Seria desde quando, desprovido de visão? Achei melhor não me perguntar mais. E não me perguntei. Mesmo assim, continuava com a palavra CONURBAÇÃO [que significaria, afinal?].
Fui seguindo sentado ao chão e, inusualmente, dispus a não olhar os pés das pessoas, como é de costume meu fazer [dedicarei um capítulo deste suntuoso blog a isto, um dia] em situações normais. Estava ainda lendo. Era Machado. Dom Casmurro. Terminei no metrô mesmo [mais tarde um post sobre este também]. Chovia lá fora. E que a palavra não me fugia era verdade. Por breves momentos, se fez esquecida, jogada de lado. E aqui, lembrada agora pude ver. Trata-se de aglomeração formada por uma cidade e suas cidades satélites. Agora por que isto me veio no dado momento é que continua sem resposta. Como a maioria das perguntas que fiz e ainda hei de fazer.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

O amor sentido, com ponto ou sem ponto

- essa coisa de amo não amo...parece hipocrisia...acho que amor sincero não precisa de explicação, nem de poema nem nada...amor sincero é sentido e p[r]onto.

domingo, janeiro 16, 2005

Um testemunho, dado como um post...

Não escrevo por esperar que retorne algo pra mim. Seria tanta mentira dizer que não procuro uma troca de sentimentos roubados, que quase escondo as palavras que digo debaixo do tapete do quarto. Pouco pareceria retocar o que já me diz o rosto ao lado, o emblema de algumas conversas e a significação do que não tem significado. Porque tudo que escrevo parece confuso, confesso; e no ato retrocesso, venho por meio de poucas palavras, tentar descrever o que nunca vi, apenas senti. Sinto o que mapeio voluntariamente sobre as terminações nervosas do meu inconsciente, e projeto em ti aquilo que nunca fui. Somos amigos. Eu te ouço, tu me ouves. E é como se trocássemos, por segundo, milhares de bactérias em formas de bytes. Uma sensação boa esta, sem apertos de mão, nem abraços, nem nada. Sendo conectados pela simples aglutinação das palavras. E assim, viajo por horas e horas, numa descrição tão íntima, que termino por agradecer quem sou a alguém que nunca fui.

sábado, janeiro 15, 2005

Para fins enriquecidos, esqueço da pobreza intermitente

Passo alguns minutos a pensar se ao post de hoje caberia um diálogo ou uma prosa. Sigo acostumado com a idéia de prosear ou dialogar de acordo com a inspiração que me brota, mas hoje fiquei pensando muito sobre isto e como que exporia minhas emoções de uma forma corrente, sem uso de personagens. Porque conheci alguém interessante. E parece-me interessar os diálogos que temos, mas expressar é um dom inapto em certas circunstâncias e, de que vale a poesia, quando estamos simplesmente afogados em sentimentos bons? Quase não tenho o que escrever. Sentir é tão bom que nos priva de qualquer exatidão descritiva, ou seja, nem me passa pela cabeça narrar os maravilhosos minutos que tenho.

Hoje fui ver o mar. E pensei nas várias histórias engraçadas que nos poderiam ocorrer se juntos decidíssemos viajar pela costa litorânea. E quanto céu e oceano nos fariam parte? E é porque não consigo dividir a atenção sincera em duas partes que escrevo isto. Por estar embriagdo de sensações que me roubam o verso. O oceano parecia tão triste, borrando algumas ondas nos leitos das embarcações, explodindo a farsa marítma nas bordas dos navios que se aproximavam da margem do continente. Quedei-me avulso ao erro. Lembrei-me de ti e quão rico poderia estar num momento tão simplório.
É que o que tinha a dizer já não está ao alcance dos meus braços. A palavra que morreu, esqueceu de deixar pistas a quem escreve. E só resta a sensação de ter dito o que talvez pudesse ser. E o que nunca foi...só se perdeu.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Show do Gram e Ludov, para fins musicais

Eu cheguei no Humaitá por volta das três horas da tarde, sendo que a bilheteria em questão abria às 17:00. Fiquei chateado porque gostaria de ter tirado umas dúvidas com professores do instituto, mas enfim. Fiquei esperando até abrir. Encontrei o Marcos e o Alexandre que, juntos com uma terceira, menina, me fizeram companhia nesta tremenda incumbência de comprar os magníficos ingressos para o festival. Tudo pronto, primeiro da fila, comprados bilhetes e...eram 17:10. Que fazer neste tão ínfimo intervalo de uma hora e cinqüenta minutos que precedia ao show? Fui ao instituto tirar minhas d0úvidas. E permaneci por lá em tempo record: apenas meia hora!

Voltei à casa de shows. Agora sim. Cheio.

Os Shows foram bacanas. Tinha um sujeito ao meu lado que era viciado em Gram. Dizia que er uma das melhores bandas e tal. E eu com minha cabeça de quem foi lá só pra assistir ao Ludov. O Ludov é mais light confesso, mas pra quem já ouviu Los Hermanos, tudo ficava um pouco mais embaixo. Creio que não há outra banda que me chame mais anteção que os hermanos. Que bom que eles existem neste paralelo mundo em que me encontro. Pois eles me definem usando música e é ouvindo que me transformo em partitura e saio dançando em claves de sol.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Uma única fala, dada como um post...

- As pessoas nascem ou muito burras, ou muito inteligentes; todo meio termo é composto de seres unicamente voltados à adoração destas ou daquelas.

Primeira aula em auto-escola, para fins teóricos

A manhã não foi fúnebre, exceto pelo fato de ter que acordar às sete para aula matinalmente-interessante de mecânica da auto-escola. Tudo bem, eu aprendi coisas e mais coisas que de fato não são desprezíveis, visto que dedico um post unicamente à minha incrível experiência pós-traumática. Sinto que alguns de vocês gostariam de perguntar como anda minha paixão. Eu direi que anda bem, suficientemente bem para me deixar acordado até uma hora da manhã de bate papo pela internet, e literalmente babando seu ovo, sabendo da minha gloriosa incumbência matinal[rs]...voltemos ao volante teórico e as meras noções de carburador. Acho impressionante como o povo não reconhece o valor mirífico do dicionário. Sim! O nosso maravilhoso aurélio me fez matar umas 4 questões da provinha básica de mecânica que o professor intitulou como mini-teste. A moça que era do meu grupo, ficou pasma com minha busca insaciada pelos sentidos semânticos daqueles lexemas em forma de múltipla escolha. Só erramos uma questão.

Aí, quando cheguei em casa recebi um cordial e-mail avisando que o povo ia para a pizzaria na Barra e eu, como sou muito rico, vou, e gastarei muita grana =[. Deus me deu um cérebro inteligente e um coração estupidamente gelado, que não sabe sequer ser maleável às mais parvas emoções. O que mata é que toma conta de mim um sono possesso, que me dilacera as pálpebras e só não caio ao chão porque estou num lugar onde isso não cairia exatamente bem, assim por dizer. Desculpem a pobreza do texto, mas estou sem emooções...

Não posso esquecer que ontem fui à casa da Aline, com a Moniquinha e a Chica, lindas elas.

terça-feira, janeiro 04, 2005

Por estar intermitentemente apaixonado...

É como dispor uma placa além-consultório, dizendo que se está sem atender, por razões ainda não descobertas, ou até mesmo fadiga. A verdade é que me quedei apaixonado e sabia que aconteceria mais tarde ou menos cedo, agora, o inevitável preâmbulo está por se fazer: pelo fim ou não.